Biografia Pife Muderno

CARLOS MALTA

O carioca Carlos Malta (1960), em plena atividade há mais de quarenta anos, em distintas formações e projetos, é o criador do grupo Pife Muderno e há três décadas está à frente deste que é um dos projetos mais interessantes da música instrumental brasileira.
Malta tem uma ligação muito forte com o pífano e seu trabalho influenciou o curso da história deste instrumento e das tradicionais bandas de pífano do nordeste, que hoje se multiplicam por todas as regiões do país. Para o universo dos sopros e para uma crescente nova geração de “pifeiros” Carlos Malta é referência absoluta, por sua performance inconfundível e por levar ao mundo a multiplicidade do seu som com este instrumento tão simples e potente como o pífano, ou melhor, o Pife.
ANDREA ERNEST DIAS

Flautista atuante em diversas vertentes da música instrumental brasileira desde a década de 1980. Foi flautista da Orquestra Sinfônica Nacional–UFF de 1991 a 2019, onde presidiu a Comissão Artística em 2013 e 2014. Atualmente integra os grupos Trio 3-63, Abstrai Ensemble, Orquestra Ouro Negro, Carlos Malta & Pife Muderno, Duo Andrea Ernest Dias & Elodie Bouny e lidera o Andrea Ernest Dias Quarteto.
Doutora em Música pela Universidade Federal da Bahia e autora do livro Moacir Santos, ou os caminhos de um músico brasileiro (Edições Folha Seca/CEPE, 2014/2016). Idealizadora e diretora artística do Festival Moacir Santos.
Apresentou-se em importantes salas de concerto como Carnegie Hall, Rose Theater do Lincoln Center e auditório da ONU em Nova York; Forbidden Concert Hall, em Pequim; Cité de la Musique, em Paris; Theatro Municipal e Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro; Sala São Paulo e Auditório Ibirapuera, em São Paulo; Palácio das Artes, em Belo Horizonte; Theatro da Paz em Belém e Teatro Amazonas, em Manaus, entre outras.
Como solista, produziu e lançou os CDs Muacy (Sambatown, 2014), Choros Amorosos (Fina Flor, 2010), Em torno de Villa-Lobos (Fina Flor, 2010), Trio 3-63 (Sambatown, 2009) e Andrea Ernest Dias – flauta e Tomás Improta – piano (Biscoito Fino, 2005).
Atuou como professora de flauta e prática de conjunto na Oficina de Música de Curitiba; Festival de Inverno da UFMG; Festival Internacional de Música de Londrina; Festival Pro-Música de Juiz de Fora; Painéis de Banda de Música da FUNARTE; MusiKa Centro de Estudos em Goiânia; Escola Brasileira de Música, Seminários de Música Pro-Arte e Projeto Villa-Lobinhos, no Rio de Janeiro.
MARCOS SUZANO

Nascido no Rio de Janeiro (1963), amante do rock, na adolescência, ao ver desfilar um bloco carnavalesco, apaixonou-se pelo naipe de percussão. Começou a tocar surdo, cuíca e pandeiro. Elegeu esse último como seu primeiro instrumento, após assistir a uma apresentação de Jorginho do Pandeiro, do grupo Época de Ouro. Formou-se em economia. Pesquisou ritmos africanos. Reinventou o som do pandeiro.
Hoje percussionista de referência mundial, Suzano vem atuando desde a década de 1980 e dividindo os estúdios e os palcos com nomes como Gilberto Gil, Sting, Ney Matogrosso, Djavan, Andy Summers, Paulo Moura, Nana Vasconcelos, Miyazawa Kazufumi, Elizete Cardoso, Zizi Possi, Marisa Monte, Joan Baes, entre muitos outros.
Foi diretor artístico do Percpan, panorama percussivo, durante 9 anos.
Se apresenta e ministra oficinas regularmente na Europa, no Japão e nos Estados Unidos.
Participa de workshops de pandeiro e percussão no mundo inteiro, tendo ministrado inúmeras classes em Nova Iorque (Mannys School of Music), Den Haag (conservatório), Amsterdam, Lisboa, no Tamburi Mundi, em Freiburg (Alemanha), Copenhagen, Tokyo, Osaka, Okayama, Sendai, entre outros eventos. No Brasil também deu inúmeros cursos em várias cidades e escolas de música.
Em parceria com Lenine criou o antológico álbum “Olho de Peixe”, 1993, relançado em 2024 no streaming e, pela primeira vez, em LP”.
Em 1996, lançou o disco “Sambatown”, contendo suas composições “Pandemonium – parte 1” e “Pandemonium – parte 2”, nesta segunda parte, em parceria com Alex Meireles, Carlos Malta e Eduardo Neves.
Em 2000, o disco “Flash”, com temas de sua autoria.
Em 2005, estreou turnê nacional e internacional do espetáculo “Homenagem a Tom Jobim”, ao lado de Armandinho, Paulo Moura e Yamandú Costa.
Em 2007, em parceria com Vítor Ramil, cantor, compositor e escritor gaúcho, o percussionista lançou o álbum “Satolep Sambatown”.
Nesse mesmo ano, lançou o disco solo “Atarashii”.
Em parceria com Naná Vasconcelos, Caito Marcondes e Coração Quiáltera, lançou, em 2010, o álbum “Sementeira: Sons da Percussão”.
DURVAL PEREIRA

José Durval de Sousa Pereira nasceu em Queimadas no Estado da Paraíba em 17/10/1952 e começou a tocar aos 12 anos vários instrumentos de percussão nas festas e bailes de forró da sua cidade. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1971 e se apresentou em casas noturnas (bares e boates) do Rio de Janeiro, aperfeiçoando o conhecimento musical e relacionando se com músicos de extrema competência. Foi nesta ocasião que resolveu fazer o teste e tirou a carteira profissional de músico da OMB em 1980.
Profissional tarimbado e com grande destaque no meio musical recebeu convites e iniciou uma carreira brilhante de músico em gravações e shows numa diversidade enorme de gêneros e ritmos musicais. A experiência adquirida com grandes músicos rendeu diversas participações importantes e marcantes como o Free Jazz, workshops e participação em novelas da TV GLOBO como Cabocla, Tocaia Grande, Chocolate com pimenta e Três irmãs – RJ. Atualmente integrante do grupo Pife Muderno e da banda de Elba Ramalho.
Já tocou em diversos lugares do país e do mundo como com Sivuca (Uruguaiana-RS), Piauí, Recife, Salvador, Belo Horizonte e São Paulo (em diversas localidades); Festival Percpan 2000 com Pife Muderno em Salvador e em seguida Paris; Festival Internacional de Jazz com Carlos Malta em Nova Orleans EUA; Festival Assauira no Marrocos com Carlos Malta; Festival Rock in Rio com Carlos Malta; Free Jazz no MAM com Carlos Malta e Pife Muderno; 2º Festival mostra de música instrumental de Goiás 2007 com Carlos Malta; Bank Boston instrumental em 2006; MIMO – Mostra internacional de música em Olinda 2008; Participação festival de música na Dinamarca em 2008 com o Pife Muderno; dentre outros.
Dentre suas principais gravações estão:
- Moraes Moreira (Baiano fala cantando)
- Luiz Vieira (10 anos de música)
- Roberto Carlos (Baile da fazenda)
- Martinho da Vila (Canto das lavadeiras)
- Leci Brandão (Dignidade)
- Genival Lacerda (Ripa na chulipa)
- Dominguinhos (Gostoso demais e outros)
- Fagner (Vários CD’s)
- Zé Calixto (Vários CD’s)
- Alcione, Beth Carvalho, Carlos Malta, Sivuca, Oswaldinho.
BERNARDO AGUIAR

Nascido em 1984, o músico, produtor musical, professor e pesquisador, desde criança se interessou pelo universo das baterias de escola de samba.
Aos 13 anos era solista da orquestra de pandeiros Pandemonium e aos 17 passou a integrar o grupo Pife Muderno, liderado por Carlos Malta. Em 2009 o músico fundou, com Gabriel Policarpo, o Pandeiro Repique Duo (PRD), um duo de percussão, que percorre o mundo levando a universalidade rítmica extraída de suas influências regionais.
Bernardo Aguiar recebe destaque como convidado especial da banda norte-america Snarky Puppy em seu projeto “Family Dinner 2”, em que atuou ao lado de grandes nomes da música do mundo como Chris Turner, Suzana Baca e Salif Keita.
Carnegie Hall, Juilliard School of Music, Forbidden City Concert Hall são alguns dos lugares por onde já passou levando a sua arte. O músico colabora com grandes referências da música do Brasil e do mundo como Guinga, Marcos Suzano, O Rappa, Jaques Morelenbaum, Yamandú Costa, Hamilton de Holanda, Aline Paes, Roberta Sá e Jacob Collier.
FOFO BLACK

Tendo iniciado sua carreira nos anos 2000, em sua terra natal São Luís do Maranhão, Fofo é baterista, percussionista, produtor e pesquisador de ritmos e culturas regionais além dos ritmos africanos e afro-cubanos.
Tocou com renomados artistas nacionais e internacionais, como: Toninho Horta, Robertinho Silva, Shabaka Hutchings, Adreas Toftemark, Carlos Malta, O Tao do Trio, Debora Gurgel, Glauco Soulter, Arismar Espírito Santo, Filó Machado, Zeca Baleiro, Jeferson Gonçalves, Marquinhos Gomes, Alcione, Di Melo, Damares, Matos Nascimento, Asaf Borba, Wayne Wade, Cedric Milton, Slay Fox, Marcinho Eiras, Celso Pixinga, Sergio Groove, Duca Tombasco, Anna Torres, Hélio Ramalho, César Nascimento, Tutuca Vianna, Rosa Reis, Banda Criolina, Alexandra Nicolas, entre outros.
Em 2010 foi vencedor do concurso Tremplin Jazz, em Recife -PE com o Quarteto Cazumbá. Em 2019 venceu o Festival Drum Select em Belém – PA.
Há 6 anos Fofo Black coordena os Festivais Drum Fest e Batucando na cidade de São Luís.
Em 2022 o músico lançou seu curso online pela hotmart, “Bateria Maranhense – Enriqueça Seus Conhecimentos” onde aborda as levadas e formas de rudimentos encontrados dentro dos próprios ritmos do Maranhão.
Atualmente finalizou a gravação de um EP chamado Percussão Melódica, com Robertinho Silva e Julho Diniz.
Hoje é integrante da banda Carlos Malta e Pife Muderno e segue em paralelo com o seu trabalho solo.